Desde 1996, o Salão Design concede o troféu Madeiras Alternativas ao melhor projeto da edição fabricado a partir de espécies que o Serviço Florestal Brasileiro considera como não “muito utilizadas”. Sob a análise de técnicos do Ministério do Meio Ambiente, concorrem a esse prêmio os produtos que valorizam a enorme diversidade de madeiras existente no país. Além disso, a iniciativa estimula o manejo sustentável das florestas, ao passo que absorve sua produção, tornando-as econômica e ecologicamente viável.
A analista ambiental do Laboratório de Produtos Florestais, Maria Helena de Souza, define como manejo florestal o conjunto de técnicas que permite o uso econômico da floresta e se caracteriza por ser uma intervenção planejada, com baixo impacto à vegetação, garantindo a manutenção da biodiversidade e a eficiência na produção de madeira. Uma das premissas do manejo é o uso parcelado da área total à disposição para garantir a produção contínua ao longo dos anos. “Enquanto uma área estiver em atividade, o local de extração dos anos anteriores estará em descanso para que haja o crescimento das árvores e a recomposição da floresta. Por hectare, são extraídos a cada ciclo de manejo cerca de 20 metros cúbicos de madeira, o que equivale a, em média, cinco árvores”, esclarece a analista.
Existem inúmeras espécies de madeiras com diferentes densidades, cores e características que podem ser concorrer ao Prêmio Madeiras Alternativas, como: Garapeira (Apuleia leiocarpa); Tauari-vermelho (Allantoma lineata); Tauari (Couratari spp. – várias espécies); Andiroba (Carapa guianensis); Sucupira-amarela (Enterolobium schomburgkii); Jequitibá (Cariniana spp. – várias espécies); Guapuruvu (Schizolobium amazonicum); Envira-preta (Guatteria spp. – várias espécies) e Urucu-da-mata (Bixa arborea), entre outras.
O regulamento do Salão Design detalha 29 espécies consideradas muito utilizadas pelo Serviço Florestal Brasileiro, incluindo todas as do gênero pinus e eucalipto. É importante salientar que todos os projetos selecionados para a segunda fase do prêmio concorrem ao troféu Madeiras Alternativas, não havendo inscrição específica para essa premiação.
Na etapa final do Salão Design, que ocorre em maio de 2015, um técnico do Serviço Florestal Brasileiro se une à comissão julgadora e avalia todos os finalistas para determinar quais produtos podem concorrer ao prêmio. Mas, antes disso, ainda precisamos conhecer quem são os finalistas! A divulgação será na próxima segunda-feira, dia 1º de dezembro, pelo site e blog do Salão Design.